quarta-feira, 24 de junho de 2009

Rapidinha

Como se não bastasse eu estar prestes a ficar titia pelas segunda e terceira vez quase que na mesma tacada, meu priminho pré-aborrecente me classificou, literalmente, como "a prima encalhada da família".
Eu mereço.
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Can anybody find me somebody to love?
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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Adendo.

Tipo a história do bom e velho "menino sean", da qual os jornalistas não parecem se cansar. Todo mundo discutindo sobre o que vai ser melhor ou pior pra ele, mas será que ninguém se toca que só o fato de isso estar em discussão já é ruim que chega? É absurdo que o que era pra ser a família do menino se digladie, na justiça ou fora dela, um tentando virar a criança contra o outro, pensando só no seu próprio orgulho. Essas pessoas deveriam ser o porto do menino, as pessoas em quem ele confia, com quem ele se sente seguro. De ambos os lados. E ele é só um dos zilhões de seans por aí.

domingo, 14 de junho de 2009

Filhos melhores.

Recebi a seguinte frase numa dessas correntes de e-mail que a gente só abre pq veio de alguma tia e é feio apagar sem ler:
"Todo mundo pensando em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Desconheço a autoria, mas assino embaixo. Não que eu seja contra a idéia de pensar em planeta melhor para os nossos filhos. Muito pelo contrário, acho que isso é o mínimo que se pode fazer. Mas de nada adianta pensar em um planeta melhor se não pensarmos em seres humanos melhores antes de tudo.
Tipo aquela história que eu ouvi de uma professora no curso de justiça restaurativa que fiz ano passado. Que estava um pai com seu filho pequeno naquela situação típica de criança em supermercado: o menino dizendo "eu quero eu quero eu quero" e o pai tentando explicar que não pode. Numa dessas, quando o guri começou a fazer escândalo, o pai não se conteve e largou a pérola: "amanhã mesmo eu vou ligar para a professora e perguntar que tipo de educação que ela está te dando na escola!"
Parece brincadeira, mas acho que, no fundo, não é. As famílias colocam cada vez mais a responsabilidade da criação de seus filhos nas escolas. As escolas cada vez tem mais medo de serem processadas por educar (de verdade) os filhos dos outros. E as crianças cada vez mais aprendem a chantagear com a ameaça de ligar pro conselho tutelar se levarem um puxão de orelha. E quem dá pra esses pequenos humanos as noções de valores e responsabilidade que eles vão usar quando se tornarem adultos?
Não adianta nada deixar um planeta melhor pros nossos descendentes, se esses descendentes não quiserem deixá-lo melhor para os rebentos deles, e assim por diante. Não adianta segurar as reservas de água potável por mais 100 anos, se daqui a 150 elas vão desaperecer de qualquer forma, porque os nossos filhos e netos não tiveram ninguém pra ensiná-los a olhar um pouco mais além do próprio umbigo. Não adianta ter filhos, se não queremos criá-los.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Recalcada.

Dia dos namorados é só mais uma data comercial, tipo o Natal. Portanto o Amor, assim como o Papai-Noel, não existe. Certo?

domingo, 7 de junho de 2009

Pode ser bom às vezes

Costumo ter uma birra com adaptações de músicas. Normalmente, eu me acostumo tanto com a primeira versão que conheço, que as adaptações (ou originais, no caso de eu ser apresentada primeiro à releitura) me dão calafrios.
Mas tem exceções. Um compositor que, na minha opinião, faz adaptações fantásticas é o Nico Nicolaiewsky. Meu voto de melhor releitura dele vai para a versão feita para Comida, do Titãs, pra qual eu infelizmente não achei nenhum link. Mas essa versão que ele fez de Ana Julia, do Los Hermanos, já dá uma idéia do que eu quero dizer. O que vale é que as releituras valem a penas quando elas proporcionam aos que estão ouvindo, realmente, uma re-leitura (ahn ahn ahn?). Não, não é tão redundante assim. O que eu quero dizer é que vale a pena ouvir uma segunda versão de uma música qualquer, quando essa segunda versão te faz ler a música em uma língua que ainda não tinha passado pela tua cabeça. Como é o caso dessa Ana Julia. Ela nasceu pra ser top 5. desde a primeira semana, as pessoas eram obrigadas a ouvir a bendita umas 10 vezes ao dia, mesmo que não quisessem. Em pouco tempo ela virou uma daquelas músicas pé no saco, que de tanto ouvir, ninguém presta atenção nenhuma. Aí vem alguém, pega a música na mão, dobra aqui, aperta ali, espicha lá do lado, e voilà: temos uma peça completamente diferente, que depois de anos de melodia decorada, nos faz voltar a prestar atenção no que estamos ouvindo. E percebemos que atrás da música, existe uma letra afinal de contas.
Pensei nisso porque ouvi essa versão que o Zé Ramalho fez para O que é o que é? (Gonzaguinha). Sim, é velha, provavelmente só eu ainda não conhecia, mas enfim. O que é o que é? já é um ícone por natureza, e nunca achei ruim, muito longe disso. Mas de tanto ouvir, ela pra mim já era tão normal que eu mal me lembrava do que dizia. E essa versão mostrou a mesma letra de um jeito completamente diferente. E um jeito genial, diga-se. Como não poderia ser diferente, vindo de quem veio.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

...where i've never been before...

Idéia de post deliberadamente roubada do Tales (créditos para ele, por favor).

[carência mode ON]

Eu quero me sentir assim:

I just want to see you
When you're all alone
I just want to catch you if I can
I just want to be there
When the morning light explodes
On your face it radiates
I can't escape
I love you 'till the end

I just want to tell you nothing
You don't want to hear
All I want is for you to say
Oh why don't you just take me
Where I've never been before
I know you want to hear me
Catch my breath
I love you 'till the end
I love you 'till the end...

I just want to be there
When we're caught in the rain
I just want to see you laugh, not cry
I just want to feel you
When the night puts on it's cloak
I'm lost for words, don't tell me
'Cause all I can say
I love you 'till the end...

All I can say
I love you 'till the end...

(I love till the end - The Pogues)


Sim, é deplorável, eu sei. Mas sou obrigada a me render: eu sou um ser humano.
Essa época do ano é um saco. Odeio o fato de querer um cobertor de orelha.

[carência mode OFF]

terça-feira, 2 de junho de 2009

Tem que levantar, sim!

Esses dias alguém me disse que os homens se preocupam demais com essa história de broxar, que a mulher não dá tanta importância assim. Sinto muito, mas quem disse isso está redondamente enganado. A tradicional resposta "tudo bem, isso acontece" é só um sinal da capacidade incrível que as mulheres têm de serem caridosas e apiedadas. Porque a broxada é, sim, e sempre será, um tabu.
Se os homens levantam pra qualquer figurinha de revista, o que faz eles não funcionarem na hora em que seria útil ter um pau de pé? Quando a broxada vem acompanhada da tradiocional frase "isso nunca me aconteceu antes", então, é o inferno. Apesar de todo mundo saber que essa frase nunca é verdadeira. Porque, mentiras a parte, como assim isso nunca te aconteceu antes? Por acaso tu tá insinuando que o problema é comigo? Claro que existem outras possibilidades. Ele pode ser viado, mas beeeem viado, mas tão viado que só a guria ainda não tinha percebido e ainda achava que podia dar um jeito na macheza dele. Ou pode ser um virgem tardio, constrangido com a situação. Pode ter bebido demais, dizem que o álcool faz estragos tremendos. Ou pode ter algum problema sério de saúde, sempre é possível. Mas até que se prove o contrário a capacidade da mulher continua em jogo.
Tem aquela história do Tirésias, que ficou cego porque foi dizer pra Hera que a mulher tinha 9 vezes mais prazer do que o homem durante o sexo. A Hera, obviamente se emputeceu, afinal, se ele dizia que a mulher tinha mais 9 vezes mais prazer, significava que o homem era 9 vezes mais habilidoso. E como ela não era de levar desaforo pra casa, cegou o pobre do homem.
Tenho que admitir que compreendo a indignação da Hera. Um pau inanimado não mexe só com o orgulho do seu dono. Um pau inanimado mexe ainda mais com o orgulho de quem não conseguiu deixar ele de pé.
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Ou, ao menos, é o que dizem.