quarta-feira, 15 de julho de 2009

"And suddenly... puf!"

E eis que, depois de 5 tentativas, eles finalmente acertaram a mão.
Harry Potter e o Enigma do Príncipe é o primeiro na seqüência de filmes que se equipara aos livros. E com isso eu não quero dizer que ele se parece com a versão literária. Muito pelo contrário, aliás: parece ter sido a primeira vez em que o roteirista aceitou que nunca vai conseguir botar mais de 500 páginas em 2h30, e ao invés de ser fiel à ordem dos acontecimentos, resolveu ser fiel à essência da história. Pela primeira vez, as sutilezas saem das páginas para as telas e vemos personagens inteiros, complexos e humanos. Além do humor da J. K. Rowling. O elenco, depois de anos de trabalho conjunto, também acabou se afinando, o que trouxe o filme para muito mais próximo do espectador.
Claro que muita coisa ficou de fora, e muita coisa que não existia foi criada. Mas dessa vez, isso passou longe de incomodar. Nunca antes filme e livro estiveram tão diferentes, e por isso mesmo nunca antes eles estiveram tão próximos.
Na minha modesta opinião, os destaques da vez:
- A adaptação do roteiro.
- Toda a sequência em que o Harry consegue a lembrança do Slughorn. Simplesmente genial.
- Rupert Grint e Thomas Felton supreendendo na atuação. Não necessariamente as melhores atuações, mas as maiores surpresas.
E a melhor de todas - SE ALGUÉM ACOMPANH A HISTÓRIA SOMENTE PELOS FILMES, PARE DE LER AGORA PARA EVITAR SPOILERS DAS RELÍQUIAS DA MORTE:
- A inserção do momento em que Dumbledore descobre que Harry é a sétima horcrux. Sutilíssimo, totalmente ao estilo J.K. Rowling, deu vontade de ver este momento no livro também.

Enfim, valeu a pena esperar. Uma pena que os outros não tenham chegado lá mais cedo. E agora é torcer pra que o 7/1 e o 7/2 mantenham o nível.