sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

a melhor ideia mais estupida

esses dias eu parei pra pensar do que, afinal, eu fujo tanto. porque, que esta viagem nasceu de uma fuga, isso eu sempre soube. mas fuga do que?
sempre achei que era das situacoes, das duvidas, talvez de pessoas, da falta de tempo... mas acontece que, quase 3 meses depois, percebi que todas essas coisas vieram junto. e dai foi a constatacao obvia, tao obvia quanto 2+2=5: que nao era das situacoes, duvidas, pessoas ou tempo que eu fugia, mas do jeito como eu reajo a isso tudo. e essa, caros amigos, eh a ideia mais estupida que eu poderia ter. porque eu posso passar a vida inteira fugindo de mim e nunca vou conseguir escapar. e entao nem parte que foge e nem parte que persegue poderao sossegar.
um grande amigo uma vez me disse que se a gente quer ter a parte boa de uma pessoa precisa comprar o pacotinho completo. o contexto era um pouco diferente, mas acho que isso se aplica para esse caso tambem. o pacotinho completo da juliete inclui a inseguranca e o pacotinho completo da brigitte inclui a inconsequencia. e por mais que a brigitte nao suporte a inseguranca da juliete e essa condene a inconsequencia da primeira, eh justamente por isso que uma precisa tanto da outra. e eu amo as duas por igual, por mais que de vez em quando elas me deem dor de cabeca.
entao esta na hora de erguer a bandeira branca. esta declarado o fim da batalha. juliete e brigitte, a partir de hoje, viverao em paz.
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mas se fugir de mim eh a ideia mais estupida que eu poderia ter, essa foi a melhor ideia mais estupida que eu ja tive. enfim, nao fosse por ela, eu nao estaria aqui agora. entao, bendita seja a estupidez humana!