domingo, 25 de novembro de 2007

mudando de assunto...

tentando arranjar uma desculpa pra procrastinar so mais um pouquinho, resolvi virar o youtube a cata de um video do Canon de Pachelbel, que fazia tempo que eu nao escutava. e eh obvio que nao achei.
[mas encontrei um video muito legal de uma japinha tocando a op.35 do tchaykovski que satisfez uma curiosidade antiga de saber como raios alguem consegue tocar aquilo. porque desde que ouvi essa peca pela primeira vez eu tive a certeza de que ela era humanamente impossivel de ser executada. e depois de ver o video minha opiniao nao mudou em nada. eh completamente insano, chega a dar agonia. enfim, se alguem tiver interesse, o III movimento esta la no meu orkut.]
mas o que eu dizia eh que obviamente nao achei o que procurava. a musica que eu queria esta disponivel de diversas maneiras, das mais toscas as mais estranhas, menos executada na versao original. mas entre as diversas versoes, encontrei tambem a desse video aqui.
a minha primeira reacao ao ler o titulo foi de "eca" absoluta. mas depois a curiosidade falou mais alto e eu tive que ir ver do que se tratava. e tche, confesso que gostei! nao entendo do assunto, mas na minha visao de leiga achei que: a ideia foi criativa, a adaptacao foi feita com o devido respeito que o original merece, a mistura dos elementos foi de bom gosto, e o produto final ficou bem executado. soh fiquei com pena de eles nao terem feito a peca ate o fim. aos que nao conhecem, a original pode ser acessada aqui (sem imagens mesmo porque, enfim, o youtube nao tem).
aceito comentarios e chineleacoes porque, como eu disse, minha visao eh de leiga.
e se alguem quiser me ensinar como faco pra postar o video direto no blog, eu tambem agradeco.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

pequeno comentario a serio - 2

porque nem tudo sao raposas e suricates

a ideia desse post ja tem algum tempo, mas me faltava tempo pra escrever. bem, continuo nao tendo tempo, mas quem se importa, nao eh?

desde que cheguei aqui tenho observado com esse lugar tem "historia". eh claro que o brasil tem tanta historia quanto a alemanha, uma historia nao documentada e meio esquecida pra maior parte do mudo, mas tem. a diferenca eh que aqui a gente ve essa historia o tempo todo. nas cidadezinhas pequenas que ainda tem a mesma estrutura de quando eram feudos, nas ruinas dos castelos, nas igrejas policentenares, nas plaquinhas penduradas nas janelas onde Goethe vomitou...
percebi isso de uma forma mais gritante quando fui conhecer uma cidadezinha chamada trier. eh uma cidade bonitinha e razoavelmente pequena, que vem se estrutrando desde a idade antiga. no centro ainda existem construcoes (ou restos de) que tem mais de 2 mil anos e datam da epoca em que os romanos dominavam aquela regiao. uma delas eh, hoje, uma igreja evangelica construida a partir das ruinas do que foi um dia a sala onde Constantino recebia seus suditos. mais tarde, se nao me engano, o mesmo predio teve alguma utilidade para Napoleao (mas quanto a isso meu alemao ainda restrito nao permite ter certeza). e hoje esta la. boa parte da construcao ainda eh a original. a gente anda na rua e imagina as carrocas antigas, as pessoas naquelas roupas-de-epoca que hollywood ja mostrou tantas vezes pra nos. e eh tao estranho quando a gente ve essas coisas e percebe que aqueles nomes, aquelas guerras, tudo aquilo que a gente estudou no colegio existiu de verdade. de repende eles deixam de ser um amontoado de palavras decoradas pra passar nas provas da adelaide e passam a fazer parte do mundo real.
e ai que vem a parte que caiu como um tapa na cara: que a partir do momento em que a gente percebe e aceita que tudo isso faz parte do mundo, fica impossivel negar como o mundo eh antigo e imenso e incompreensivel e imensuravel. e dai a gente percebe como a gente eh pequeno, como a gente eh menos que uma migalha perto do todo. e se a gente nao chega a migalha, o que dizer dessas coisas que a gente chama de "nossos problemas"? na boa, o que importa a nossa dor de dente, de barriga, de cabeca ou de cotovelo? que diferenca vai fazer pro mundo se a gente acordou mau-humorado ou chutou o pe da mesa sem sapato?
e dai vem uma pergunta maior, mais batida, mais cliche, que todo mundo ouve alguem fazer desde que se conhece por gente mas cujo significado a gente demora pra entender de verdade: que diferenca a gente vai fazer pra esse mundo? nao, nao tou falando aqui em ser um Constantino pras criancas decorarem nossos nomes um dia antes das provas das professoras adelaides nas escolas do ano 4007. falo de diferencas possiveis e alcancaveis, nao para o mundo todo mas para o nosso mundo. para esse que nos cerca e que eh habitado por pessoas que a gente ama, em maior ou menor grau. porque a vida ta passando e esses dias, encarando meu reflexo na janela do trem, percebi que uma ruguinha bem pequenininha ja ta comecando a aparecer no cantinho do olho e eu ainda nem sei se eu quero ser publicitaria ou nao. meu bisavo quando tinha 19 anos largou o pais dele e tudo o que conhecia pra ir morar no brasil, abrir picada no mato, construir no braco a propria casa, ajudar a construir uma cidade. naquela epoca nao tinha skype pra ligar pro paiemae quando a saudade apertasse, nao tinha blog pra escrever pros amigos e nao tinha passagem de volta. mas ele foi. quase crianca ainda, mais pos-adolescente do que eu.
e eu?

a josie tem razao. os vinte e poucos anos correspondem mesmo a uma fase desesperadora da vida.

domingo, 18 de novembro de 2007

sábado, 17 de novembro de 2007

momento citacao da semana

"look inside yourself, Simba! you are more than what you have became! you must take your place in the circle of life!"

porque, depois do timao e do pumba, a gente acaba encontrando rafiki.

domingo, 11 de novembro de 2007

sobre raposas e principes

pois esses dias me peguei cantarolando uma musica do guns n' roses antes de dormir. nao sei qual era a musica, eu nunca fui uma grande fa da banda. mas cantarolava. e dai comecei a pensar em uma porcao de coisas que a tal da musica me lembrava.
lembrei de quando era pirralha, os guris tavam no auge da adolescencia e ouviam a todo o volume o LP que tinham ganhado de natal, quando o pai e a mae nao tavam em casa. e de como eu olhava pros manos e queria ser "que nem eles quando eu crescer", e talvez fosse por isso que eu cantava a plenos pulmoes alguma coisa que na epoca eu imaginava ser a letra de don't cry.
depois eu cresci. mas definitivamente nao era que nem eles. lembrei da minha pseudo-adolescencia, ou adolescencia-pre, na epoca do violino. a gurizada de ivoti fazia sweet child o'mine orquestrado nos encontros suzuki e afins. lembrei daquele curso em 2003 e das coisas que, mais uma vez, aconteceram nele.
um pouco mais tarde veio a ilha do mel (os guris do quarto da frente ouviam guns todas as noites), e tudo o que aquela semana bizarra significou na minha vida. lembrei das coisas boas que eu descobri e das coisas ruins. que eu nao quero esquecer, porque apesar de tudo elas me ensinaram muito. muito mesmo. os primordios de uma brigitte querendo me gritar que existia, embora na epoca eu ainda nao acreditasse muito nisso. lembrei de toda essa epoca, de todas as lagrimas escondidas e dos zilhoes de perguntas na minha cabeca. e das respostas que eu nao queria ouvir. do medo, da raiva e de tudo o que veio depois. e de como tudo isso me parece hoje tao distante. e de como, apesar de distante, isso tudo ainda eh parte de mim.
dai eu cresci mais um pouco. fui parar em porto alegre, nas sinucas da cidade baixa onde sempre toca aquele dvd com o clipe de november rain. e sempre que ele toca eu lembro de tudo isso que acabei de falar. lembrei da galerinha da fabico, das polentas de queijo, das respiradas bem fundo, das cervejas a mais e do queixo tremendo toda a vez que a juliette aparecia. e como ela aparecia nas sinucas da cidade baixa!
e dai percebi que mesmo que eu nunca tenha comprado um unico cd do guns e nunca tenha pensado "booooh, eles sao muitoafude", as musicas sempre estiveram ali. e me toquei que essa banda que eu nunca escolhi ouvir, essa que eu so ouvia porque era o que tava tocando, numa coisa meio "se nao tem tu vai tu mesmo", essa banda da qual eu nao sei mais do que o nome de 3 musicas de repente teve uma certa importancia na minha vida. querendo eu ou nao. e eu posso dizer que nao conta, posso dizer que foi tao pequena que chega a ser irrelevante, mas teve. nem que seja so assim, de cantinho, pra me provocar um sorriso nostalgico enquanto o sono nao vem. e quem sabe uma pontinha de saudade que eu insisto em nao admitir.
meu queixo anda tremendo bastante ultimamente.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

coisas do tempo....

de repente, aquilo que fazia chorar agora provoca sorrisos...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

de elevador...

- um sujeito muito simpatico, de nome Oscar Wilde, um dia disse que "a vida eh curta demais pra aprender alemao". nao eh a toa que o mocinho ficou famoso: ele realmente sabia das coisas.

- pior que encontrar CD do calypso sendo vendido a 23 euros, so mesmo ver a quantidade de meninos que resolveram adotar um cabelo estilo "chitaozinho e xororo das antigas". sabe, curtinho espetado na frente e comprido atras? pois eh. a proposito, alguem por favor me diga que essa moda nao pegou por ai!

- murphy me adora. com uma vida inteira pra isso acontecer, meus cisos tinham que inventar de nascer justo agora. mas eu diria que ate faz um ironico sentido. juizo e tal. ahn ahn ahn? (poutz, cade aquele emoticon do msn?)

- pensamentos muitos. posts mais profundos do que isso assim que eu tiver um tempo.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

micos da lingua bizarra

ju (sobre a aparencia dos homens alemaes): ah, aber die deutsche sind alle blonde mit helle Eier...
anna: ich glaube, du meinst "blonde mit helle Augen, oder?"
ju: ja, ja! Eier ist..... ooooh, neeeeeeeein!!!

(aos que nao leem alemao, as minhas sinceras desculpas. eh o tipo de coisa que soh funciona na lingua original. enfim, google pra voces =P)