domingo, 24 de maio de 2009

Pseudo-filosofias pós-aniversariais

Fazer aniversário não é ficar um ano mais velho. A gente não cresce um ano entre as 23h59 da segunda e as 00h00 da terça. Nem ganha uma ruga a mais na hora em que corta o bolo. Se fosse assim, o aniversário aconteceria em cada um dos 365 dias entre uma data e outra.
Mesmo assim, existem aqueles momentos meio inexplicáveis em que a gente simplesmente olha pro lado e se da conta de que... aconteceu. De repente a gente não tem mais 17 anos. De repente um monte de coisas tão óbvias meio que deixam de fazer sentido e outras tantas que nunca tinham passado pela cabeça estão ali, gritando por atenção. De repente essa coisa de pegar desconhecidos parece tão adolescentemente vazia. De repente tu percebe que uma conquista já não tem tanta importância quanto uma amizade. E que às vezes vale a pena enforcar alguns (res)sentimentos se isso significa preservar outros mais importantes. De repente tu percebe que passou um ano desde a última vez que tu parou pra pensar. Ou que passaram vários. Mesmo que essa última pensada tenha acontecido há duas semanas.
E isso acontece, mesmo, de repente.